quinta-feira, 27 de março de 2008

"Era no fim do Outono; já as folhas tinham amarelecido; uma doçura tocante errava no ar...
"Dos quiosques santos saía uma sussuração de cânticos, de nota monótona e triste. Pelos terraços, enormes serpentes, veneradas como deuses, iam-se arrastando, já entorpecidas da friagem. E aqui e além, ao passar, avistávamos budistas decréptos, secos como pergaminhos e nodosos como raízes, encruzados no chão sob os sicômoros, numa imobilidade de ídolos, contemplando incessantemente o umbigo, à espera da perfeição do Nirvana..."

2 comentários:

manda-lis disse...

outooono... pena que no brasil nem é tãão caracteristico assim, nem tem arvores com folhas amarelas e aquele frio gostoso para usar casacos de lã enormes...

guilherme disse...

Ah, Eça...
continue com o blog que lhe empresto livros dele o/

 
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