segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

Prólogo de 2001 - Uma Odisséia no Espaço

Cada homem vivo transporta o peso de trinta fantasmas, pois é nesta proporção que o número dos mortos excede o dos vivos. Desde o início dos tempos, cerca de cem bilhões de seres humanos caminharam sobre o planeta Terra. Ora, este é um número interessante, pois, por coincidência, há aproximadamente cem bilhões de estrelas no nosso universo, a Via Láctea. Portanto, por cada homem que alguma vez viveu, brilha uma estrela neste Universo. Mas cada uma dessas estrelas é um sol, frequentemente muito mais brilhante e glorioso que a pequena estrela a que chamamos o Sol. E muitos - talvez a maioria - desses sois, têm planetas girando à sua volta. Portanto, há com certeza território suficiente no céu para que cada membro da raça humana, desde o primeiro homem-macaco, tenha o seu céu - ou inferno - privado, do tamanho de um mundo.
Quantos desses potenciais céus ou infernos são habitados, e por que tipo de criaturas, é coisa que não podemos saber; o mais próximo fica um milhão de vezes mais longe que Marte ou Vênus, esses objetivos, ainda remotos, da próxima geração. Mas as barreiras da distância vão-se esboroando; um dia, encontraremos os nossos iguais, ou os nossos senhores, entre as estrelas.
Os homens não têm sido muito lestos a encarar esta perspectiva; alguns ainda esperam que ela nunca se torne realidade. Cada vez mais gente, no entanto, pergunta: «Por que razão não ocorreram já tais encontros, se nós próprios estamos prestes a aventurar-nos no espaço?»
E por que não? Este livro é uma resposta possível a pergunta tão razoável. Mas não se esqueçam: esta é apenas uma obra de ficção. A verdade, como sempre, será muito mais estranha.
A. C. C.

domingo, 23 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mais um motivo para ser vegetariano

Ou: Sobre a necessidade de crença e a falta dela

Porque as fórmulas para viver, educar os filhos, ganhar dinheiro, fazer amigos e ser sucesso na balada sugerem, afinal, uma crença a adotar (e mostram como adotá-la em 36 passos simples); algo em que basear sua existência, não passam de variações da religião com tantos fiéis quanto. Para que todos possam morrer e fazer alguma coisa, em vez de simplesmente terminar debaixo da terra. Porque a alma é imortal.

É claro que você pode ganhar um dinheiro vendendo a sua pro Milhouse. Mas eu tenho uma teoria - aliás, tenho-as aos montes -, a seguinte: alma, ou personalidade, ou qualquer conceito assim é como uma massa genérica, que é moldada pela vida. Vá, digamos. Existe uma espécie de simulador (teoria, teoria) de vida, meio assim Matrix ou algo, especialmente focado pra uma pessoa só. Na verdade, não é de grande importância o conjunto de pormenores e situações determinadas da primeira vez. Digamos, PESSOA 1 nasce e entra em sua nova vida. Bem, desde o útero, contando o índice exato de oxigenação no cérebro e tudo o mais; PESSOA 1 vive e morre, mas teve sua vida "gravada" no simulador. E dele foi clonada a PESSOA 2, que é então inserida na vida de PESSOA 1, desde o começo. Então é tudo exatamente igual. Ambos são a mesma pessoa vivendo a mesmo vida. Eles são iguais? Ou em algum ponto da história algo que PESSOA 2 fizesse sairia do roteiro da PESSOA 1 (isso poderia até mesmo acontecer bem cedo)? Serão minhas perguntas respondidas?

Mas não era sobre isso que queria escrever. Não se nega a verdadeira natureza humana. Todas as pessoas sonham à noite. Todas elas precisam de algo que as faça levantar de manhã. Todas pensam na mesma pergunta "quem somos", aquela história; todos pensam num meaning of life de uma maneira ou de outra, mesmo quem não é criado em condições de pensar e não tem tempo para tal. O homem de Vidas Secas, organizando as trinta palavras do seu vocabulário e franzindo o cenho buscando compreender a filosofia do sertão e o calor, lutando pra expressar seus sentimentos, Fabiano pensa sobre a vida.

Assim, todo mundo precisa de algo pra acreditar e ponto. E acaba por se limitar ao seu modo: se voce não vive assolado pela culpa cristã, cria a tua própria, child. Senão voce vira a Amy Winehouse em crise existêncial. Agora a parte que diz respeito a mim, e claro que é uma coisa boba, mas eu acabo acatando a idéia de comer menos carne e ser vegetariana, não por pena dos animaizinhos. Agora você já pode dizer que não come carne por razões que dão sentido de ordem à sua vida. Damn yeah.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Segundas-feiras musicais

Ainda me surpreeendo ao encontrar por aí pessoas "comuns" - que conheço pessoalmente, são quase como uma classe diferente da gente de internet, onde todos são extrovertidos, inteligentes e incrivelmente sexy - ouvindo o mesmo tipo de coisa que eu ouço. É perceptível como por aqui gente com a mesma faixa etária tende a viver ao sabor da rádio da moda quando o assunto é música, quando há um show (?) de bandas (?) como, por exemplo, that lovely Babado Novo, as pessoas perguntavam por aí se você iria ao tal show, e, em caso de resposta negativa, deduziam que você infelizmente estaria ocupado ou sem dinheiro no dia e apenas então perguntavam se você é o tipo de pessoa que opta pela "coluna D" e não gosta de Babado Novo.
Ainda sobre esse tipo de show, não é realmente relevante gostar de um artista. Não se tem curiosidade em geral de procurar por músicas ou grupos, sendo por consequência muito mais fácil para os empresários por trás de rádios, dos monopólios da mídia, MTV e toda essa gente do mal divulgar seus artistas, que encontram terreno fértil por aqui. Claro que este texto não vale para os indies, que já sabem muito bem disso.
A palavra que procuro não é fanatismo, mas um nível de interesse maior - enfim, eu incentivo gente a procurar por músicas menos acessíveis na mídia e procurar saber sobre aquele artista caso o ache legal. O contrário do que vejo por aqui. Moral da história: jovens de Sorocaba vão ao show da Ivete para "ficar" (oh no, escrevi) e não para ver a Ivete, etc etc etc. Vamos ao meu ponto.

Acho legal ver gente por aí escutando um tipo de música diferente da que está em alta na mídia, e ainda mais quando meu gosto é compatível ao dessas pessoas. Uma garota da classe ouvia a uma música da Regina Spektor no celular, feita para a trilha das Crônicas de Nárnia, porque adora o filme. A música em questão tem um aspecto mais comercial do que as outras da cantora por esse motivo, mas ainda é encantadora. "The Call" interpretada por outro artista qualquer seria completamente ordinária, por isso considero a Srta. Spektor uma fada.

The Call (Narnia Soundtrack).MP3 - Regina Spektor

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sad song



You've got her in your pocket - White Stripes

You've got her in your pocket
And there's no way out now
Put it in the safe and lock it
'cause it's at home sweet home

Nobody ever told you that it was the wrong way
To trick a woman, make her feel she did it her way
And you'll be there if she ever feels blue
And you'll be there when she finds someone new
What to do
Well you know

You keep her in your pocket
Where there's no way out now
Put it in a safe a lock it
'cause it's home sweet home

The smile on your face made her think she had the right one
Then she thought she was sure
By the way you two could have fun

But now she might leave
Like she's threatened before
Grab hold of her fast
Before her feet leave the floor
And she's out the door
'cause you want

To keep you in my pocket
Where there's no way out now
Put it in a safe a lock it
'cause it's home sweet home

And in your own mind
You know you're lucky just to know her
And in the beginning all you wanted was to show her
But now you're scared
You think she's running away
You search in your hand for something clever to say
Don't go away
'cause I want

To keep her in your pocket
Where there's no way out now
Put it in a safe and lock it
'cause it's home sweet home
Home sweet home

Não é minha melhor performance, mas a única que tive paciência de gravar. Os sons de MSN ao fundo são por causa do laptop novo (não consegui instalar versões mais recentes ainda), o único que tem câmera. But a song is a song, anyway.

Calor: go home!

4 meses é muito tempo, principalmente quando as coisas não vão bem: Por isso o verão é tão penoso pra mim

Começa a esquentar e esse tempo de verão é infinitamente desagradável pra mim. Não há nada de digno no calor: apenas languidez, preguiça, suor e desconforto. As roupas do inverno e dos meses mais frios possuem uma elegância infinitamente maior, com seus cachecóis, luvas e botas, não trazem essa necessidade de expor o corpo que tanto me incomoda, quando toda a gente começa uma batalha implícita contra a balança.
O verão cheira a bronzeador e funk carioca. Aliás, essa é a diferença - o verão cheira. O que de mais ridículo vejo são as propagandas de aparelhos de ginástica, dietas e afins do tipo "Prepare seu corpo para o verão, fat ass!". Com que prazer eu não migraria para lugares mais frios...
Embora, na maioria do tempo eu não me queixe de morar no Brasil, apenas quando começa o fenômeno terrível: a temperatura desandando a subir vertiginosamente. Está lá, em todo lugar, a marca registrada do país. Em outros países existe toda uma misticidade em volta da chegada do verão, aquela coisa de assistir a toupeira saindo da toca (ok, maybe not), quando o corpo finalmente não sente-se mais retraído e preso. Aqui não há disso.
Apesar de tudo, é bonito, é agradável aos olhos. Afinal, em que outro lugar as pessoas possuem o privilégio de se tornarem indiferentes a um dia bonito, coisa vulgar e sem importância?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Carlão no Jô



Embora eu não consiga me comover muito pelo humor Jô, não poderia deixar de dar destaque aqui para a entrevista. Carlão é professor de terceiros anos e cursinhos do Anglo em Sorocaba, já deu 5 minutos de aula para minha classe enquanto o Wilson não chegava e foi de certa forma curioso - por isso posto mesmo que tenha achado a entrevista fraca, não goste do programa e não ligue realmente pro orgulho da terra rasgada. Há algo de divertido em professores que gostam do que fazem.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um incidente

Deixou a confusa impressão de luzes fundidas à música excessivamente alta atrás de si, afastando-se pelos fundos. O ar da noite soprou-lhe o rosto, levava ainda um copo de uísque meio diluído pelo gelo - não o beberia, parecia apenas cômodo ter algo para ocupar as mãos. Alguns pensamentos leves surgiam, não como antes, imaginou o toque gelado descendo por costas nuas em um vestido negro. Na sua frente alguem fumava e um casal estava parcialmente envolvido pelas sombras do muro sujo.
Que haveria além da portinhola enferrujada na contrução? Sorriu-lhe a idéia de ultrapassar a casa, a portinha não estava trancada. Abriu-a com um chute, encontrando certo quintal. Era o jardim abandonado do terreno vizinho, onde apareciam silhuetas recortadas de umas poucas árvores contra o céu.
Veio depois a sensação, dedos ligeiros roçando os seus, ah, recostou-se rápido em uma árvore antes de virar-se e sentir ansiedade, encarava já uns olhos miúdos.
Não esperava você, não você. Algo há de ser feito. Se consegue qualquer coisa com um rosto assim, pensou. Estava tão pálida naquela noite, como ficaria qualquer criatura iluminada daquela maneira, procurou convencer-se. Uma música que não se escuta mais soou na sua cabeça. Pelos anos sentiu falta de uma crença contrastando com tudo que julgava certo. Os dias mudaram, porém; cansava-se com facilidade agora, não desejava mais longos pensamentos de outro tempo, irritou-se com tudo isso.
"Mas você não estava morta?" E, ademais, por que agora? A ouviria atentamente pelas horas, sabia entretanto, não importasse a circunstância. Ela deixava de ser insignificante apenas nessa situação: os olhos sorriam, pequenos. Semelhante a uma suave aparição, retornara.
"Achei que estava morta", uma presença frágil, nada além de frágil, tal qual palavras que morriam no repentino silêncio...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Madeleine Peyroux (Athens, 1974) é uma cantora de jazz nascida nos Estados Unidos que escreve e interpreta suas proprias composições e letras. É especialmente lembrada por seu estilo vocal, que em muito lembra o estilo da cantora Billie Holiday.
Em muito lembra, até demais.

Itabirito

Eis onde estive. Onde o tempo não passa, pois não sabe como chegar lá - nem o aquecimento global, nessa época as noites são particularmente geladas. Aliás, é algo como uma cilada, quem entra em Itabirito tem imediatamente a sensação de estar no show do Truman, uma vez que todos os habitantes se conhecem e ainda sabem se o filho do vizinho passou ou não na faculdade.
(Só quem mora em cidade pequena pode saber o prazer de desdenhar as cidades menores)

Depois desse vídeo, podem considerar-se plenos conhecedores da cidade

Ainda assim, as pessoas costumam enfrentar o frio para ir a um festival no lugar que merece sua credibilidade e que ficou bem famoso pela região desde que a festa anual de Ouro Preto acabou.
E pelo tamanho da cidade, mais o fato de que é tudo gratuito, é de admirar os shows da Maria Rita, O Rappa e alguém que ainda estou tentando descobrir quem é, Eduardo Costa. Desses, o único que assisti foi O Rappa na velha filosofia de que "é de graça mesmo" e acabou sendo divertido.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

FLIP

A FLIP - Festa Internacional do Livro de Paraty - está na sua sexta edição. É a maior feira literária do país e tem as mesas de debate como atração: esse ano contará com a presença de Neil Gaiman, autor de Sandman, Tom Stoppard, roteirista de Shakespeare Apaixonado, Neil Gaiman, Veríssimo e Caco Barcelos. E o Neil Gaiman, gente!
Destaque também para as homenagens ao centenário da morte de Machado de Assis. Na abertura do evento, o crítico Robert Schwarz discute a obra Dom Casmurro, considerada por ele "o romance possivelmente mais refinado e composto da literatura brasileira".
O evento deve atrair de 15 a 20 mil pessoas, do dia 2 (quarta) e 6 (domingo) de Julho à cidade histórica do Rio.

A programação:
2 de julho (quarta-feira)
19h - "A Poesia Envenenada de Dom Casmurro”, com Roberto Schwarz
21h30 - Show de abertura com Luiz Melodia

3 de julho (quinta-feira)
10h - "Primeiro Tempo", com Adriana Lunardi, Emilio Fraia, Michel Laub e Vanessa Barbara
11h45 - "O Espelho", com Elisabeth Roudinesco (França)
15h - "Retrato em Branco e Preto", com Carlos Lyra e Lorenzo Mammì
17h - "Conversa de Botequim", com Humberto Werneck e Xico Sá
19h - "Admirável Mundo Velho", com Tony Judt (Inglaterra)

4 de julho (sexta-feira)
10h - "Formas Breves", com Ingo Schulze (Alemanha), Modesto Carone e Rodrigo Naves
11h45 - "Ficções", com João Gilberto Noll e Lucrecia Martel (Argentina)
15h - "Os Fuzis", com Caco Barcellos e Misha Glenny (Inglaterra)
17h - "Estética do Frio", com Martín Kohan (Argentina), Nathan Englander (Inglaterra) e Vitor Ramil
19h - "Veludo Cotelê" (moderação de Matthew Shirts), com David Sedaris (EUA)

5 de julho (sábado)
10h - "Guerra e Paz", com Chimamanda Ngozi Adichie (Nigéria) e Pepetela (Angola)
11h45 - "A Mão e a Luva", com Neil Gaiman (Inglaterra) e Richard Price (EUA)
15h - "Fábulas Italianas", com Alessandro Baricco (Itália) e Contardo Calligaris
17h - "Paraíso Perdido", com Cees Nooteboom (Holanda) e Fernando Vallejo (Colômbia)
19h - "Shakespeare, Utopia e Rock'n'Roll" (moderação de Luís Fernando Veríssimo), com Tom Stoppard (República Tcheca)

6 de julho (domingo)
10h - "Os Livros que Não Lemos", com Marcelo Coelho e Pierre Bayard (França)
11h45 - "Sexo, Mentiras e Videotape", com Cíntia Moscovich, Inês Pedrosa (Portugal) e Zoë Heller (Inglaterra)
15h - "Papéis Avulsos" (visões sobre Machado de Assis), com Flora Süssekind, Luiz Fernando Carvalho e Sergio Paulo Rouanet
17h - "Folha Seca", com José Miguel Wisnik e Roberto Damatta
19h - "Livro de Cabeceira", convidados da Flip 2008 lêem trechos de seus livros prediletos


Acontece que os ingressos começaram a ser vendidos ontem de manhã e todos para a tenda dos autores esgotaram no mesmo dia. Sem falar que não há mais vagas em metade dos hotéis e pousadas de Paraty para o evento que é daqui a 20 dias.
Neil Gaiman estará lançando seu livro "Coisas Frágeis" em português e eu estarei sabe-se lá onde lamentando a minha existência. Não só por isso, a programação é de dar água na boca (oh, eu poderia até reler os livrinhos do Machado de Assis e alugar Guerra e Paz para me preparar para o Sábado) sem falar na reunião de milhares de gentes interessadas em leitura.

Bah, vou dormir.

Alguns recados

Primeiro: Obviamente no one gives a damn, mas só pra não menosprezar meus leitores invisíveis, me desculpo pelas postagens cada vez menos freqüentes e esperem só, ela voltará.

Segundo: Pode não parecer, mas fiquei animadíssima com o comentário do Marcus aqui no blog - sério, leio a Grande Abóbora faz tempo apesar de nunca ter comentado por preguiça e timidez e essas coisas, pois pertencemos a blogosferas diferentes.

Terceiro: Imagem nova no blog graças a Ana. Descobri a pouco tempo por fontes alternativas que se trata de um monumento da Argentina, a Casa Rosada, que é tipo a Casa Branca, só que rosada (vamos pintar de verde e colocar a Ana dentro, ha, sacaram, sacaram?). Até parece que ela pediu pro velho ficar naquele lugar e a natureza pra colaborar, um desses momentos que reles mortais nunca conseguiriam fotografar. Muito bonito.

sábado, 7 de junho de 2008

Top

Meme mais legal de todas, pra fazer a capa do seu disco. Achei aqui .

É o seguinte:

1)Acesse http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random : o título da página que aparecer vai ser o nome da sua banda imaginária


2)Aqui http://www.quotationspage.com/random.php3 : as últimas quatro palavras da última citação formam o título do álbum

3)E depois http://www.flickr.com/explore/interesting/7days/ : a terceira foto vira capa do disco

O meu:



Primeira banda independente a fazer sua capa de disco no paint.

terça-feira, 3 de junho de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

If you can hear a piano fall...

"Carregadores deixam cair piano de R$ 180 mil no Reino Unido

da BBC

"Um piano de cauda estimado em 45 mil libras (pouco mais de R$ 180 mil) ficou praticamente destruído depois de escorregar do carrinho onde estava sendo carregado na hora da entrega, no Condado de Devon, no Reino Unido. "

O que me lembra esse tipo de coisa, acontecimento digno de Tom e Jerry, onde pianos caem o céu e isso ainda é considerado azar. Eles sendo arruinados o tempo todo é um sacrilégio dolorido de assistir pra quem sabe o valor do instrumento.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sustentar uma conversa é um esporte olímpico, principalmente com aquela pessoa que você cumprimenta quando não dá tempo de mudar de calçada aquele seu vizinho. Encontrei com um tipo desses hoje voltando para a casa e após ficar puxando vários assuntozinhos e 10 min de small talk me senti bem heróica. É claro que na maioria das vezes estou mais preocupada em não parecer totalmente freak, forjando sorrisos e o pacote todo, mas equilibrar essas pequenas situações me faz reacreditar em minhas habilidades especiais.

domingo, 27 de abril de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Quinta-feira das lamentações

Eu detesto aquele tipo de gente que assume como principal defeito o perfeccionismo e saí dizendo por aí que "é muito difícil exigir tanto de si mesmo" enquanto força um sorriso humilde e as pessoas ao redor concordam deslumbrando seu caráter. I mean, quer exibir o próprio metodismo, que faça isso abertamente, não tente camuflar como defeito. Claro, pois alguém cujos revezes se resumem à tentativas de conseguir tudo perfeito só pode ser oh tão dedicado, e, se tem defeitos assim, imagine só as qualidades.
Na minha opinião essas pessoas têm as piores falhas, e lhes falta coragem ou sinceridade para admitir que bebem direto da boca da garrafa quando ninguém vê ou que estão ficando carecas de preocupação. Não acredito em perfeccionista que não tenha algum distúrbio mental.

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Virou costume acusar as gerações mais novas de degeneradas não importa quanto o tempo passe, tudo era sempre melhor "na sua época", como se cada geração se tornasse um pouquinho mais vil e torpe do que a anterior. As pessoas pararam de acreditar em Deus, citando Pessoa, "Nasci em um tempo em que a maioria dos jovens haviam perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os seus maiores a haviam tido - sem saber porquê." Desse modo, estamos caminhando para um futuro sem jeito onde a principal forma de convivência social será o seqüestro relâmpago.

-
Como eu já disse, algum vizinho por aqui arranjou um saxofone e gosta de praticar em horários alternativos, tipo lá pelas onze e meia da noite, quando você se vê naquela triste obrigação de dormir. Ele é ruim, aliás, do tipo que erra sempre a mesma nota no seu pequeno exercício ridículo de escalas...

Hoje, na verdade, é sexta-feira e eu nem estou de mal humor, mas voltei pra terminar o trabalho sujo.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A arte pecaminosa de Rob Liefeld


Essa imagem do Capitão América feita pelo cartunista-mito Rob Liefeld rodou a internet (ou pelo menos um bom número de computadores de nerds) como um exeplo da arte que fica espantosamente pior conforme passa o tempo em lugar de se aprimorar com a experiência. Se o leitor desavisado olhar com atenção a ilustração, vai perceber o peitoral avantajado do personagem. Está numa posição completamente impossível aí, de modo a causar ansiedade e coceiras de alergia naqueles que não conseguem entender como um ilustrador desse calibre pode perder o talento e ainda ganhar rios de dinheiro. Liefeld, responsável por grandes clássicos quadrinhos da Marvel, já possui uma legião de anti-fãs pelo mundo e tem os defeitos e erros esquisitos de proporção, like, I don't know, too tall legs constantemente apontados pelos tais.

Não é de se impressionar que nenhum art buyer ou colorista tenha tido os culhões pra indicar esse tipo de falta - culhões dos quais o Capitão América foi privado, aliás - pois, se funciona desse modo, não há problema. Pra terminar, os 40 piores desenhos de Rob Liefeld. O cara já se meteu até a fazer uma versão ilustrada da Bíblia e quadrinhos sobre um tipo Jesus mutante com superpoderes, pra botar medo em qualquer deus do Olimpo.

Já ouvi dizer que esse pessoal da Marvel comrpou a expressão "super-hero", de modo que, caso você queira anunciar seu produto como "the wear of a super-hero" ou algo do tipo precisa pagar devidamente pelo uso. Já estaria em bom tempo patentear as máximas irreplicáveis de todos os tempos e uma camiseta "Penso, logo SHIT HAPPENS".

domingo, 30 de março de 2008

Feministas, temei

Acabou de sair o trailer oficial do filme de Sex and the City. Mesmo eu, que simpatizo com a série e até já aluguei a última temporada pra ver emocionada enquanto comia chocolate (nota: falar menos sobre vida pessoal no blog), não senti aquela vontade capaz de me arrastar pra sala de cinema. Há muito tempo mesmo não assisto as estréias, pois a maioria não passa de, como no caso de Sex and the City, "filme da série", "filme do livro", "filme seqüência" ou "regravação do filme".
Aproveito o post pra me desculpar pelas atualizações menos freqüentes após a Páscoa, meu álibi é a semana de provas que está chegando (escrevo assim só para parecer que alguém se importa). Quer dizer, tentem controlar a terrível ansiedade por um tempinho mais.

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Era no fim do Outono; já as folhas tinham amarelecido; uma doçura tocante errava no ar...
"Dos quiosques santos saía uma sussuração de cânticos, de nota monótona e triste. Pelos terraços, enormes serpentes, veneradas como deuses, iam-se arrastando, já entorpecidas da friagem. E aqui e além, ao passar, avistávamos budistas decréptos, secos como pergaminhos e nodosos como raízes, encruzados no chão sob os sicômoros, numa imobilidade de ídolos, contemplando incessantemente o umbigo, à espera da perfeição do Nirvana..."

quarta-feira, 19 de março de 2008

Viajando

Você: Eu vou viajar
SeteZoom: Quem sabe pode até ser! Para onde gostaria de ir?
Você: Não, voce não tá entendendo. Eu VOU viajar
SeteZoom: Vá pelo entendimento no contexto!
Você: Certo... o blog vai ficar sem atualizações por enquanto
SeteZoom: Eu procuro me atualizar com novidades de web, mas é tanta coisa! O louco.
Você: Sabia que você entenderia
SeteZoom: Era de se esperar...

http://www.inbot.com.br/sete/

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ninguém Como Você

Ok, minha opinião é duvidável, mas acho essa a melhor música de amor de todos os tempos.


Vendo Still Loving You no Youtube um dia achei um comentário de uma garota dizendo que seu primeiro beijo tinha sido durante essa música e nunca consegui achar nada que parecesse mais romântico pra mim.
Mesmo assim, não vi nada do Scorpions recentemente - que, de acordo com as fontes confiáveis da internet, vai fazer uma turnê acústica pelo Brasil - e nem quero. Me deprime ficar vendo a carreira mais ou menos decadente de artistas como um Morrissey senil, ou , pior ainda, John Lyndon com um penteado forçado resgatando o Sex Pistols (ouvi no começo do ano que estariam planejando uma reunião da banda, com um embrulho no estômago).
Certo, sou um tanto mean quanto a isso, mas morrer jovem é bom pra preservar a imagem. Renato Russo perderia a graça se estivesse vivo.

Obs.: O post não vale para U2 e The Cure, que continuem fazendo shows até quando o remédio da pressão permitir.

domingo, 16 de março de 2008

Chapeuzinho vs Jason

Charles Perrault ficou famoso pelos contos de fada que compilou num livro chamado Histórias da Mamãe Ganso, onde entraram versões até hoje conhecidas de contos como Cinderela e Chapeuzinho Vermelho. Agora, a versão de Perrault da história que eu sei que pelo menos um dedicado leitor desse blog já conhece:

Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e de leite para sua avó. Quando a menina ia caminhando pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe para onde se dirigia.
- Para a casa de vovó - ela respondeu.
- Por que caminho você vai, o dos alfinetes ou o das agulhas?
- O das agulhas.
Então o lobo seguiu pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou seu sangue numa garrafa e cortou sua carne em fatias, colocando tudo numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, à espera.
Pam, pam.
- Entre, querida.
- Olá, vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e de leite.
- Sirva-se também de alguma coisa, minha querida. Há carne o vinho na copa.
A menina comeu o que lhe era oferecido e, enquanto o fazia, um gatinho disse: "menina perdida! Comer a carne e beber o sangue de sua avó!"
Então, o lobo disse:
- Tire a roupa e deite-se na cama comigo.
- Onde ponho meu avental?
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dele.
Para cada peça de roupa - corpete, saia, anágua e meias a menina fazia a mesma pergunta. E, a cada vez, o lobo respondia:
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela.
Quando a menina se deitou na cama, disse:
- Ah, vovó! Como você é peluda!
- É para me manter mais aquecida, querida.
- Ah, vovó! Que ombros largos você tem!
- É para carregar melhor a lenha, querida.
- Ah, vovó! Como são compridas as suas unhas!
- É para me coçar melhor, querida.
Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
É para comer melhor você, querida.
E ele a devorou.

A versão existe, mas pode até estar um pouquinho exagerada em relação à publicada no livro de Perrault, onde de fato a menina se despe antes de deitar-se com o lobo, e sem final feliz - isso porque os contos do livro fizeram sucesso por estarem mais brandos ao público. Alguns clássicos da Disney transformam-se em verdadeiras histórias de horror no seu formato original, de acordo com o texto de onde tirei a história:

"As outras histórias da Mamãe Ganso dos camponeses franceses têm as mesmas características de pesadelo. Numa versão primitiva da 'Bela Adormecida' (conto tipo 410), por exemplo, o Príncipe Encantado, que já é casado, viola a princesa e ela tem vários filhos com ele, sem acordar. As crianças, finalmente, quebram o encantamento, mordendo-a durante a amamentação, e o conto então aborda seu segundo tema: as tentativas da sogra do príncipe, uma ogra, de comer sua prole ilícita. O 'Barba Azul' original (conto tipo 312) é a história de uma noiva que não consegue resistir à tentação de abrir uma porta proibida na casa de seu marido, um homem estranho, que já teve seis mulheres. Ela entra num quarto escuro e descobre os cadáveres das esposas anteriores, pendurados na parede. Horrorizada, deixa a chave proibida cair de sua mão numa poça de sangue, no chão. Não consegue limpá-la; então, Barba Azul descobre sua desobediência, ao examinar as chaves. Enquanto ele amola sua faca, preparando-se para transformá-la na sétima vítima, ela se recolhe em seu quarto e veste seu traje de casamento. Mas demora a se vestir, o tempo suficiente para ser salva por seus irmãos, que galopam em seu socorro depois de receberem um aviso de seu pombo de estimação. Num dos primeiros contos do ciclo de Cinderela (conto tipo 51OB), a heroína torna-se empregada doméstica, a fim de impedir o pai de forçá-la a se casar com ele. Em outro, a madrasta ruim tenta empurrá-la para dentro de um fogão, mas incinera, por engano, uma das mesquinhas irmãs postiças. Em 'João e Maria' ('Hansel e Gretel', conto tipo 327), na versão dos camponeses franceses, o herói engana um ogre fazendo-o cortar as gargantas de seus próprios filhos. Um marido devora uma sucessão de recém-casadas, no leito conjugal, em 'La Belle et le monstre' ('A bela e a fera') (conto tipo 433), uma das centenas de contos que jamais chegaram a ser incluídos nas versões publicadas de Mamãe Ganso."

Até o séc. XVII não existia noção de infância, crinaças usavam as mesmas roupas, viviam nos mesmos ambientes e ouviam as mesmas histórias que os adultos (que pelo jeito sacaneavam as criancinhas matando-as de medo), colocando os temas de canibalismo, incesto e outros agradáveis nessas histórias. Acabam levando sempre uma moral (não é bom chegar perto de lobos) e já foi dito até que a avó da Chapeuzinho poderia ser um lobo! - o que explicaria uma velha doente morando no meio de uma floresta cercada pelos animais.
"Há, por exemplo, uma estória Latina de Egberto de Lièges, chamada Fecunda
ratis (1023), na qual uma menininha é descoberta na companhia dos lobos. A
menina usa uma manta vermelha de grande importância para ela. Será que a própria
Chapeuzinho, com seu manto cor de sangue, não seria também um lobisomem? "

Me sinto meio paranóica, e sem sono.
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http://www.cefetsp.br/edu/eso/patricia/historiascontosgatos.html
http://www.espacoacademico.com.br/039/39esilva.htm

quinta-feira, 13 de março de 2008

Escritos graças à Ana

Nunca se vá meu amor, gritava por mais um minuto de amor. Mas ele fechou-se para o mundo vivo dela. Lágrimas de um pôr-do-sol sem inicio, como a noite que demorava para vir enquanto ela aguardava por mais noticias. Dias de calmaria, dias sem fim, lutas insignificantes contra o próprio pensar. Dias, nada mais do que o entardecer da alma. Velharia inoportuna, luz do amanhecer que toma meus olhos. Entra meu bem, faça o seu papel, queime minha íris, fale sobre o seu ultimo caso de amor. Sim eu espero ouvir você, fale mais. Me deixe excitado com as suas peripécias, quero mais, espero por mais. Seja meu bem. Quero-te com força, espere-me na esquina, passarei para buscá-la. Planos insanos para uma mente mais caridosa e persistente. E agora lembro-me que acordei.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Peanuts por Charles Bukowski

E não Charles Schulz. Poderíamos dizer que seria assim:



Mais aqui.

domingo, 9 de março de 2008

Vamos começar pelo final (Juno)


O cartaz do filme não me interessou muito de cara, mas depois que constatei ser um dos queridinhos do Oscar, sim, aí me desinteressei de vez. Acontece que Juno ganhou tanta repercussão que ficou praticamente impossível não atentar para história da Ellen Page grávida - já disseram que é o "Pequena Miss Sunshine de 2008", o que acho difícil, pois apesar dos óculos ela não me parecia uma garotinha indie. A cena final do filme me convenceu a ir ao cinema, quando já tinha saído de cartaz: agora só esperando o DVD nas bancas de camelô locadoras.


Foi pela trilha sonora de Juno que eu descobri Kimya Dawson, de quem acabei gostando bastante com as canções de amor bobinhas e que está bastante presente durante todo o filme. Parecer final: seems nice. Esperem por mais críticas de filmes que eu nunca vi.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Nostalgie

Certo, tenho uma vontade tremenda de aprender o francês; só não o faço mesmo porque mais bonito do que falar francês é ter umas belas tardes livres na semana para não fazer nada, mas garanto que minha alma não vai deixar esse mundo de outro modo senão fazendo biquinho. Em segundo plano, mas não menos importante, vontade de aprender alemão, japonês, latim, grego, mandarim, aramaico, dialetos africanos, similish e a língua do Senhor dos Anéis.
Minha sorte é ter o português como língua materna. 4000 verbos irregulares, ask Audrey (não esqueça de perguntar também por que ela estava aprendendo por um disco português se ia para o Brasil). Não apenas por ser uma língua difícil, minha gratidão é por poder me expressar em uma das línguas mais belas que existem - e poder arriscar um portunhol - sem toda a complexidade de idiomas orientais que precisam de tantos alfabetos com tantas interpretações and all that crap. Ainda assim, japonês continua sendo adorável. O que quero dizer, contudo, é como adoro poder simplesmente suspirar um "saudade" sem mais complicações.

Saudade, que é uma das palavras mais difíceis de traduzir do mundo. Também estão na lista:

  1. "Ilunga" (tshiluba) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.
  2. "Shlimazl" (ídiche) - uma pessoa cronicamente azarada.Traduzível para o português como Letícia Cabral
  3. "Radioukacz" (polonês) - pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência o domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro.
  4. "Naa" (japonês) - palavra usada apenas em uma região do país para enfatizar declarações ou concordar com alguém.
  5. "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda.
  6. "Gezellig" (holandês) - aconchegante.
  7. Saudade (português)
  8. "Selathirupavar" (tâmil, língua falada no sul da Índia) - palavra usada para definir um certo tipo de ausência não-autorizada frente a deveres.
  9. "Pochemuchka" (russo) - uma pessoa que faz perguntas demais.
  10. "Klloshar" (albanês) - perdedor.

Algumas apenas compreensíveis em um determinado período histórico, me lembram as doenças mentais que só existem em determinados povos. A "histeria do Ártico" como exemplo, é explicada por certa carência de vitaminas na dieta esquimó - há um tal transtorno no Japão onde a pessoa tem medo de que alguma parte de seu corpo esteja ofendendo alguém, mesmo que involuntariamente, explicável por se valorizar tanto a coletividade no país. Ainda melhor: o "susto" na Amazônia causa diversos transtornos por se acreditar que a alma do doente deixa o corpo com o susto, podendo levar à morte.

A parte infame é morrer de susto.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Delirium

Esse desenho, feito carinhosamente na aula de matemática da semana passada, é um misto de referências/plágio de Sandman e Tara McPherson, yey! fica na cara assim mesmo. Ela é outra das ilustradoras de que eu gosto bastante, faz minicomics - ou pelo menos tirinhas - divertidas com aquele quê de melancolia e broken heart típico das ilustradoras da minha lista.

Legais são os pôsters anunciando shows que ela fez para várias bandas, de Hives a Depeche Mode, os quais estão quase todos vendidos - aliás, poucos trabalhos dela não foram vendidos ainda. É incrível como ela tem o traço bem leve apesar marcante e até meio punk.

Ela faz também, como a Samantha Floor, e como eu, algumas imagens inspiradas por Sandman; me faz indagar quantas desse tipo não existem, não me surpreenderia se gostassem do mesmo tipo de música também. Acho que caí dentro desse esteriótipo.

domingo, 2 de março de 2008

Medo do escuro

Sofri uma grave desilusão com filmes de terror (principalmente os japoneses) quando era menor depois de concluir que os únicos filmes com direito a assustar de verdade eram aqueles sobre ser judeu na 2a Guerra e que esses não assustam de verdade, servem apenas para que você diga, com um ar superior "Olha aí, isso sim te deixaria com medo, moleque. Estaria implorando pra que seu único problema fosse uma ligação 'sete dias' ou o amigo imaginário do seu filho agora". Sinto-me até meio decepcionada porque eles perderam a graça, o que nesse contexto significa ficar menos assustador e mais engraçado. A droga do terror que lá nos primórdios da minha existência era tão forte e tanto me ocupava o tempo - dividido entre comer, brincar, mexer com fogo e checar debaixo da cama - perdeu o efeito mas não causou nada de ruim, mesmo hoje eu gosto da sensação de medo induzido. Meu pai me trouxe uma vez um livro sobre escrever um livro, onde, por não ter mais o que escrever, a autora fala sobre uma opinião de sua amiga: "...ela me disse acreditar que muitos adultos têm distúrbios psicológicos porque as histórias infantis são assustadoras. Chapeuzinho Vermelho teve sua avó devorada; dois dos três porquinhos tiveram suas casas derrubadas; a Gata Borralheira era maltratada pela madrasta. Além disso, as músicas de ninar falam sobre uma cuca que vem pegar, um boi de cara preta, e outras coisas do tipo." Qualquer dia ela vai querer processar Tim Burton por fazer filmes infantis com um quê de macabro e o Lemony Snicket por escrever como um depressivo, o que eu sempre achei bem legal.

Minha casa tem um daqueles corredores compridos e macabros, do tipo que te faz esperar que Jack Nicholson saia de algum lugar do nada com um machado, pronto pra te atacar. Me pergunto se meu irmão terá medo dele, ou dos armários, e dos velhos clichês japoneses, vai ver depois o quanto era divertido.

sábado, 1 de março de 2008

A China tem cultura milenar e vende bem

Hoje de manhã acabei indo para o shopping andar enquanto esperava alguém chegar em casa, porque eu estava sem as chaves. Não tinha um centavo, é verdade, andei só olhado coisas em lojas e passando um longo tempo folheando livros para não comprar nada - ou seja, o habitual - mas consegui levar de volta comigo o catálogo novo da C&A (já vou começar o assunto, tenham calma) inspirado pela cultura chinesa, em ritmo de Olimpíadas de Beijing. Afinal, era de graça, design bem feito e bem grande, não coube uma página inteira no scanner, e de graça.


A equipe foi realmente até a China fazer o ensaio fotográfico, o catálogo é tão bem feito que ao final as roupas da C&A nem parecem tão esquisitas assim. Tem uma série de curiosidades desde calendário chinês até pop art em cima de fotos do Mao, passando por culinária e propagandas da época da revolução cultural. O primeiro catálogo de loja que te ensina a dizer "não como cachorro" em mandarim ("Wo bu chi gou rou", para quem for passar pelos restaurantes de Pequim).
Afinal, além de comunistas a China tem até concursos de beleza exclusivos para garotas que fizeram cirurgias plásticas, o Miss Artificial, e óperas onde todos os personagens são interpretados por homens. A campanha publicitária mais legalzinha de 2008.




E com preços acessíveis! (ou nem tanto)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Manhattan



Eu e Blossom Dearie nos conhecemos no filme "Minha Vida Sem Mim", mas como chorei o tempo todo ela se foi deixando apenas um número terrivelmente baixo de vídeos no YouTube e um adeus seco de uma senhora cansada. Consegui segui-la até o IMEEM onde ela me disse para deixá-la em paz, então prometi ouvir essa música apenas em dias chuvosos, sozinha.

Ainda não sei qual é o fuso desse Blogspot, mas dá pra dizer que é bem tarde por aqui.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mau humor

Quando estava na academia de polícia meu pai tinha uma matéria chamada "Técnicas de interrogatório" - descobri ao encontrar um caderno velhíssimo dele em casa e fiquei imaginando como seriam essas aulas.

"Interrogar pessoa vaidosa - colocá-la sentada num banco sem encosto, sem apoio de pé, para que a pessoa se sinta insegura. Outra alternativa é aumentar sua vaidade."

Agora já sabem vocês como proceder com amiguinho vaidosos que guardem algum segredo.
Acabo imaginando apresentações da aula onde um candidato do grupo senta em um banquinho com luz forte de lanterna na cara, enquanto o outro o pressiona (eu devo pensar assim para não deixar as coisas chatas, o que com toda certeza era). Escola tem essa propriedade de deixar tudo mais chato e mais sonolento - passar Kill Bill numa escola conseguiria ser incrivelmente chato e muitos ficariam desenhando ou pensando em que filme de ação assistir quando voltar pra casa.
Por causa da escola às vezes me sinto meio sem tempo até pra postar aqui (digo isso enquanto a Jéssica mira minha testa com uma arma) pois sinto as tardes terrivelmente sem graça e cinza. Uma das coisas que me manteve postando foi um sábado em que a Júlia mencionou que lia meu blog e gostava do que eu escrevia, mas não conseguia comentar por não ter um Gmail e de certa forma isso me deixou meio boba e feliz enquanto voltava pra casa; só constando, pra comentar você, leitor desinformado, pode usar a conta com que entra no Orkut, a minha é do Yahoo!. Se não comentar agora é ingrato.

Vou tentar parar com o mau humor, é só o que digo. Mas por enquanto deixo a frase do Gaston em Gigi (oh, eu adorei): "The world is round, but everything on it is flat."

Dumb chat

Amos says:
olha só
Amos says:
http://n.i.uol.com.br/inovacao/album/hubble_f_033.jpg
Amos says:
parece uma célula =O
Amos says:
o que confirma minha teoria de que o universo é um organismo gigante
Jéssy! says:
É
Jéssy! says:
HUAEHUHEAUHASUSAUSA
Amos says:
os planetas orbitando em volta do sol são átomos
Jéssy! says:
oh man
Jéssy! says:
._.
Amos says:
quer dizer, elétrons
Amos says:
cada sistema solar é um átomo \o
Amos says:
vou apresentar minha tese pro congresso
Jéssy! says:
HUSAHSUAHUSAHUSAHUSAUHUSAHASUHSA
Jéssy! says:
Ser convidada pra nasa
Jéssy! says:
usp
Jéssy! says:
unicamp
Jéssy! says:
e ficar famosa
Amos says:
aushuahsashauh
Amos says:
só falta descobrir
Amos says:
quem é o organismo-universo
Amos says:
é o que alguns chamam de deus
Amos says:
ou uma pessoa gorda =O
Jéssy! says:
huahusuhsahsausahsauhsausauhsauhsuhsa
Jéssy! says:
xD
Jéssy! says:
meu pai fala que todos nós fazemos parte de deus
Jéssy! says:
como se eu fosse um minusculo microorganismo
Jéssy! says:
da ponta do dedo dele
Jéssy! says:

por exemplo
Jéssy! says:
eu
Jéssy! says:
e tudo
Jéssy! says:
que ele criou
Amos says:
então o universo faria parte de deus?
Amos says:
minha tese está confirmada =D
Jéssy! says:
maybe o.o
Amos says:
maybe o caramba, é certeza o.ó
Amos says:
posso formular uma lei
Jéssy! says:
HASUHSAUSAHUSHAUHSA
Amos says:
bom.. xD
Amos says:
então os anjos são o que?
Jéssy! says:
fazem parte tb
Jéssy! says:
são criados por deus
Amos says:
eles e as criaturas que podem voar podem fazer parte do cabelo de deus, onde ficam mais soltos
Amos says:
nossa, parei
Jéssy! says:
HUSAHUSAHUSAUSHAUSAHUSAUHSAUSAHSA
Jéssy! says:
MALEAVEIS
Jéssy! says:

LEVES
Jéssy! says:
E SOLTOS

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Dawkins e o ateísmo

Um dos livros que está na minha lista "para ler" é O Gene Egoísta - está aí caso alguém queira me dar de presente - que pelo menos me pareceu interessante pelo resumo da contracapa (descrevendo brevemente, fala sobre como, de um modo bem bizarro, os genes são quem verdadeiramente controlam o mundo usando o ser humano como fantoche). O que eu descobri só a pouco tempo é que o autor Richard Dawkins escreveu um outro livro, Deus, um Delírio, criticando as religiões completa e abertamente; disse em uma entrevista que "seu sonho é um mundo sem crenças religiosas" enquanto os olhinhos brilhavam, afirma no livro também que não perde tempo em discussões com fanáticos, pois, com suas próprias palavras, exigir que um religioso pense logicamente equivale a insultá-lo. A cena que imagino é de um Dawkins com um sorrisinho na cara pisando o pé de Dan Brown e assumindo seu post de best seller polêmico, com famílias conservadoras e padres murmurando indignados ao fundo, embora não se deva insultar a inteligência de Dawkins comparando-o ao Dan Brown.

O que ele não pode fazer é achar que conseguiria seu objetivo argumentando logicamente justamente porque a religião é feita para explicar o incrível e improvável fato da vida num planeta estranho do espaço, onde as pessoas precisam de algo em que se apoiar diante do desconhecido.
Tive essa mesma impressão durante as aulas de geografia sobre "noções astronômicas", medidas de quando terminaria o Universo, quando não se consegue ao menos ter uma simples noção do quanto somos realmente pequenos aí no meio - as garotas continuam se achando gordas. E é tudo magnifico, os deuses e infernos e coisas que preenchem a vida. Tudo isso me lembrou a introdução de um certo livro:

"Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.
Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu."

Quem souber me dizer o autor ganha uma bala.
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Editando

Esqueci de linkar uma matéria interessante sobre o livro.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O filho brasileiro de Eric Clapton

"Casos" à parte, outro dia meu pai me conta que apareceu um homem na delegacia jurando ser o filho do Eric Clapton que supostamente teria morrido. Desesperado, o pobre homem dizia que seu pai ia ser morto, a menos que fizessem alguma coisa.
Como é triste a perda de tantos artistas bons por displicência da polícia!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mohammed

Eu estava esses dias vendo umas apresentações ao vivo da "Cia Melhores do Mundo" (que muitos conhecem pelos quadros de humor no Jô) graças uma indicação do Zilinski - olha eu aí vendendo seu peixe de novo! - que me mostrou um vídeo.

Assistam na ordem:




Absurdamente hilário, valem os longos minutos carregando. Estou postando abaixo uam lista dos locais confirmados das próximas apresentações do grupo, embora eu só fique na vontade de ir assistir.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quero ser Samantha Floor


O desenho à direita foi uma produção dessa semana de aulas; embora não aparente muito, eu me inspirei na Samantha do Cornflake pra fazê-lo, enquanto umas frases de Blood Roses, da Tori não me saíam da cabeça - às vezes até me sinto um pouco culpada por passar tanto tempo do ano letivo rabiscando nos espaços em branco...

Quem não conhece o trabalho dela pode se deleitar com umas amostras no blog, além das tirinhas incríveis. Ao ver alguns dos sketches feitos em folhas de caderno pautado se tem essa impressão de que ela faz tudo com prazer mesmo com uma pilha enorme de trabalhos to do na escrivaninha, o que torna ela uma das minhas ilustradoras brasileiras preferidas.
Se ela decidisse fazer minicomics, como aquelas da Laura Park, com certeza acabariam rapidinho. Admiro tudo na garota (de um modo muito saudável, claro), desde o cabelo vermelho até o gosto musical que inclui Tori Amos e Regina Spektor.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Como perdi a fé em Rafael Nadal

Essa vai pra Natália:
Noite passada mesmo, tive um sonho com o Federer, sem saber bem por que, eu nunca fui muito com a cara do sujeito - ele é atualmente o tenista n°1 do mundo, na frente, entre outros, do espanhol Nadal, razão do amargo título deste post.
Eis que, entrando na página inicial do MSN Brasil, eu vejo uma notícia estampada pela foto do Federer: e não é que o chato deu um jeito de vencer o Laureus (equivalente a um Oscar do esporte), pela quarta vez? Só no ano passado foram uns 7 títulos, pelo que eu me lembro, não muita coisa se formos comparar com os 11 do ano retrasado.

Muitos brasileiros se ressentiram por não terem sido Kaká ou Marta (pff) a levar o prêmio, mas eu, como já disse, não gostei porque não vou muito com a cara do sujeito. Porém, Nadal, você corre sério risco de perder meu apoio moral agora, eu não torço pra perdedores. E aposto que logo você se aposenta.


Roger Federer prestando homenagem ao presidente brasileiro, ocultando, porém, o dedo errado.

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Estou tentando divulgar mais um pouco o blog antes de pegar e passar as memes que recebi da Camilla, até porque não tem muitos blogueiros amigos pra quem eu possa passá-las e não quero dar um dead end pra corrente, que achei legal. Prometo que não demoro muito...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Argumentos

Primeira semana de aula me deixou razoavelmente atarefada, mas os deuses trouxeram o sábado e estou entrando em modo Carpe Diem, pra fazer todas as coisinhas que preciso. Nem parece que na semana passada eu ainda passava os dias sem saber as horas e ficava o tempo todo não fazendo nada, ah! férias... Antes do carnaval, quando minha mãe assistia o Superpop (programa da Adriane Galisteu, ou Luciana Gimenes? Alguém sabe?) enquanto eu lia uma revista, saiu uma notícia sobre a Ângela Bismarchi marcar mais uma cirurgia plástica para desfilar num carro alegórico, mas até então eu nem sabia da existência de Ângela Bismarchi e não me importava.

Vocês provavelmente já conhecem a figura, mas só para deixar as coisas claras, essa mulher é um ícone brasileiro das cirurgias plásticas, já se casou e se divorciou de uns pares de cirurgiões. A plástica que ela ia fazer antes do carnaval era pra puxar os olhos a fim de ficar com aspecto de japonesa. Fui brevemente acometida de uma sensação do tipo "isso é doentio", mas a apresentadora e toda a plateiazinha estavam achando incrível, então passou. Eu já fiz um experimento do tipo, puxando os olhos com durex e cobrindo com cabelo, e fica um horror pra enxergar, quase impossível ler, detalhes. Afinal, é de Ângela Bismarchi que estamos falando.

Fora a cirurgia dos olhos, a mulher se vangloriava do quanto foi recauchutada a vida toda pra ficar com aquela aparência, sempre com o mesmo argumento de que "é ótimo pra sua auto-estima, faz você se sentir bem e isso que importa, period". Lembrei-me disso e fiquei surpresa após ver a reportagem sobre o resultado da cirurgia. Além de tudo ela pretende recuperar a virgindade!
Aqui, a palavra da própria:
"Achei o resultado da orientalização com fios muito artifical (pobrezinha!). Ficou aparecendo na pele. Mas gostei tanto de ter ficado com os olhos puxados que resolvi ficar japonesa para sempre. Vou ser uma loira japonesa para sempre. Wagner adorou. Agora ficou natural, mas estou com o rosto muito inchado, pois é uma cirurgia muito agressiva. Mas vale a pena. Tudo vale para que a gente se sinta bem e bonita. A vida passa muito rápido. Eu mesma já estou há quatro anos com Wagner e nem senti o tempo passar".
E novamente o mesmo argumento, que não justifica nada, aliás.

"Tudo vale para que a gente se sinta bem. A vida passa muito rápido."

Adolf Hitler


Viram?
No colégio novo, a professora de redação falou algo sobre você precisar ser a favor do aborto numa prova de vestibular mesmo não concordando, simplesmente porque existem melhores argumentos a favor do que contra, de modo que sua dissertação não fique um lixo. Ângela tem a deixa da auto-estima, mas pessoas que pensam percebem o quão fútil é gastar rios de dinheiro pra fins estéticos até entrar no Guiness, sem falar em todas as pobres feministas que devem perder o sono pensando nessa mulher.
Logo, quem é a favor de Ângela Bismarchi não entra na faculdade, isso é fato.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Persépolis

Aproveitando a deixa pra falar aqui sobre Persépolis, a autobiografia da escritora/ilustradora iraniana Marjane Satrapi. Foi lançada em 4 volumes em forma de quadrinhos, contando paralelamente a história da revolução cultural no Irã - desenhos simples que apóiam uma história rica e bem contada. Em algumas partes, por exemplo, mostra o contraste cultural de uma época na qual adolescentes que ouviam fitas da Kim Wilde passaram a usar véu nas escolas.
Em quesito de história do Oriente Médio, Persépolis kicks O Livreiro de Cabul's ass.




Os scans estão com a qualidade porca mas foram tirados com muito carinho por esta que vos digita.

Há pouco tempo produziram o filme baseado nos quadrinhos, que eu ainda não consegui assistir, mas pode ser baixado aqui.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Questionário

Que encontrei em algum blog por aí, há algum tempo. Está todo em inglês, então optei por responder em inglês também.

~>My uncle once: took me on a jipe ride
~>Never in my life: I went jetskying
~>When I was five: I didn't have a brother

~>High School Was: Not gonna answer ¬¬
~>I once met: Baby Consuelo xD at the mall
~>There's this girl I know: that read all the Harry Potter books, eight times.
~>Once, at the bar: I dont like them ._.
~>Last night: I dreamed about a beautiful song...
~>Next time I go to church: I won't be alone
~>When I turn my head left, I see: the living room by an open door
~>When I turn my head right, I see: a keyboard, a window, a guitar, my brother
~>How many days until my birthday: a lot
~>By this time, next year: I'll have a piano!
~>A better name for me would be: Couldn't love my name more. But there's this girl in school with Marcconi as last name. I'd like to be a Marcconi.
~>I have a hard time understanding: computers
~>You know if I like you if: I apologise all the time

~>If I won an award, the 1sr person I'd thank is: my parents (they're like one xD)
~>Take my advice: NEVER do a home haircut unless you know well what the hell you're doing
~>My ideal breakfast is: at Tiffany's ^^
~>If you visit my hometown: come to my house
~>Why wont anyone: stop and breathe
~>If you spend the night at my house: we'll watch movies 'til 4AM
~>I'd stop my wedding if: I want to.

~>The world could do without: Mc Donald's
~>My favorite blonde is: biology teacher LOL
~>Paper clips are more useful than: Polishop stuff
~>If I do anything well, it is: drawning, singing and playing Guitar Hero
~>And by the way: sugar is healthier than sweetner
~>The last time I was high: ._.
~>The animals I'd like to see flying beside birds are: Homo Sapiens

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Premonição

As sequências escandalosas do filme Premonição parecem não servir para nada além de causar aquela sensação de que qualquer coisa estúpida, como uma escada ou um violão podem acarretar o fim da sua existência. No terceiro filme eu notei algo falando sobre "premonições" históricas, alguma coisa citando uma foto do presidente Lincoln, a última antes de sua morte, que continha uma falha no exato lugar da testa onde ele foi baleado depois.
Sendo as premonições verdadeiras ou não, o que me chamou a atenção fuçando na Wikipédia foi uma listagem das coicidências entre o presidente Lincoln e Kennedy. Isso sim dá uma sensação de algo sobrenatural intervindo, impressiona até mais do que gente perdendo a cabeça em montanhas-russas.

Um capítulo à parte deve ser dado a fatos envolvendo John F. Kennedy e Abraham Lincoln. Uma sucessão de semelhanças entre as trajetórias de ambos chama a atenção:
-Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846.
-John F. Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.
-Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860.
-John F. Kennedy foi eleito presidente em 1960.
-Os nomes Lincoln e Kennedy têm sete letras.
-Ambos estavam comprometidos na defesa dos direitos civis.
-As esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca.
-Ambos os presidentes foram baleados numa sexta-feira.
-A secretária de Lincoln chamava-se Kennedy.
-A secretária de Kennedy chamava-se Lincoln.
-Ambos os presidentes foram assassinados por sulistas.
-Ambos os presidentes foram sucedidos por sulistas.
-Ambos os sucessores chamavam-se Johnson.
-Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808.
-Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.
-Andrew e Lyndon tem seis letras.
-John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1838.
-Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1938.
-Ambos os assassinos eram conhecidos pelos seus três nomes.
-Os nomes de ambos os assassinos têm quinze letras.
-Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado num depósito.
-Oswald saiu correndo de um depósito e foi apanhado num teatro.
-Booth e Oswald foram assassinados antes de seu julgamento.
-Uma semana antes de Lincoln ser morto ele estava em Monroe, Maryland.
-Uma semana antes de Kennedy ser morto ele estava com Monroe, Marilyn. (OK, essa foi forçada)
-Lincoln foi morto na sala Ford, do teatro Kennedy.
-Kennedy foi morto num carro Ford, modelo Lincoln.
-Ambos jogavam golfe tendo, inclusive, o mesmo handicap.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

E depois sai por aí espalhando que quer ser ilustradora

Essa imagem à esquerda é um scan antigo dos meus cadernos - as melhores coisas que aprendi durante as aulas do ano passado foram desenhar um pouquinho melhor e a pedir socorro em código morse, com o Lucas - não é um dos meus maiores êxitos, mas meu traço não mudou muita coisa desde então. Eu realmente gostaria de fazer um daqueles cursos de desenho requintados onde se aprende anatomia, a fazer alguma coisa certa... Existem uns só para pessoas que querem aperfeiçoar mãos e rostos; considero minhas mãos e meus rostos razoáveis, o problema é justamente todo o resto.

Aulas poderiam te dar noções básicas, porém não te garantiriam estilo e originalidade. Estilo é outra coisa que acho que tenho (razoavelmente, sempre no patamar razoável, lembrem-se), e o que falta é todo o resto, técnica, saber usar materiais, et caetera et caetera. É assim que vejo meu desenho: como um punhado de estilo tentando se juntar em alguma coisa, sem muito êxito - reparem na cabeça grande da garota ao lado. Meu desenho é aquele lobo que se colocou na fantasia de ovelha e esqueceu o zíper aberto.

Manual do aluno novo.

Recentes experiencias passadas por eu e a Leticia nesta semana, nos mostraram algumas coisas que não se deve fazer quando se é aluno novo...seja lá onde for.

1. Não grite quando o sinal tocar, por maior que seja o susto que levou.
2. Não carregue muito peso, para evitar tombos, capotes e outras cenas pitorescas.
3. Não caia na escada.
4. Não responda coisas muito pessoais quando perguntarem, aah não.
5. Não leve mais seu antigo lanchinho: a bolacha com suquinho de pêra.
6. Compre com refri, uma esfiha...e seja estiloso. ( e gordo).
7. Mostre-se desinteressado na aula, será aceito por todos os outros grupos.
8. Tenha coragem de dizer que toca oboé, saxofone, e afins...apesar de que, há reações variadas.
9. Encontre um canto para ficar no intervalo, e não se mexa muito.
10. Não deixe o material cair no chão, se estiver chovendo. Ou em qualquer hipótese.

Essas são as dicas para ser " legal "...
Agora para ser você mesmo....
Esqueça tudo isso 8DDD

E faça oque quiser na hora que bem entende!

Bem vindo ! :D

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Leave Flickr alone!


O que eu ouvi recentemente é que a Microsoft pretende sugar o Flickr para o seu império colossal, já ofecereu não sei quantos bilhões pelo site de compartilhamento de fotos. O Flickr foi o melhor negócio que o Yahoo! adquiriu nos últimos tempos, mas ainda assim, há grupos de usuários crentes de que Bill Gates não vai demorar a colocar suas mãos sebosas de nerd no site. A comunidade Microsoft: keep your evil grubby hands off of our Flickr está cheia de censuras fervorosas que fazem qualquer um odiar um pouquinho mais a Microsoft - muitos apple freaks já deletaram suas Pro accounts e juram que irão excluir todas as fotos e partir para o Picasa se a proposta for aceita, enquanto outros apelam para que a Apple compre o Yahoo! e deixe seu belo site como está.

Pelo menos sabem protestar com estilo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"Os pacientes foram eutanasiados"

Da série "Piores eufemismos que já ouvi na TV".

(freaking out com a volta às aulas!)

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Rosa e azul

Dia desses fui à casa de um amigo do trabalho do meu pai, em (mais) um churrasco - a casa, aliás, é uma das mais agradáveis que já conheci, pelo grande número de quadrinhos e DVD's que colocaram lá dentro, além de terem uma criança bonitinha que, bem, eu não conheço direito, mas não parece ser de todo irritante como as criancinhas por aí.
O fato é que o garotinho de, o que, uns dois anos (naquela idade em que crianças meio que falam e meio que andam) estava brincando na piscina enquanto eu observava. Eis que uma hora ele sussurra algo no ouvido da avó, que o manda falar com a mãe de uma menininha que brincava lá também. Ele vai até a mãe e fala algo no ouvido dela, esta se vira e fala pra alguém: "Ele quer a sereia da Rafa emprestada!", rindo. Toda essa cerimônia porque queria brincar com a boneca sereia da garotinha - a qual acabou não emprestando.
Conversas na mesa, a mãe do menino começa a contar que o pai não ficou satisfeito quando o viu brincando com um urso de pelúcia rosa da Victoria's Secret (?) - Essa mãe, não vou citar nomes, faz sempre questão de mencionar marcas ("Fê! Pega aquela minha bolsa Victor Hugo na cozinha por favor?") - "E por que diabos ele ficou insatisfeito com isso? Grande coisa!", eu disse. Ora, eu poderia ter dito, não?



Eu sempre achei essa coisa de brinquedos para meino/brinquedos para menina idiota. Eu sempre brinquei com os bonecos de ação do meu irmão (que além de serem muito mais good looking que o Ken eram musculosos) e ele brincava com as minhas coisas o tempo todo. Acentuar as diferenças entre meninos e meninas na infância é justamente o que cria o esteriótipo do machão e da garota desgraçadamente sensível, impede que homens se envolvam com balé, por exemplo.
Se tiverem filhos, deixem-nos brincar com o que quiserem - excluindo a tomada.


Não os levem ao Mc Donald's, onde há naquelas caixinhas com tal brinquedo pra menina e tal brinquedo pro menino, evitando também falência nos órgãos. E assistam Sweeney Todd na sexta!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Vontades!

Quem nunca teve vontade de fazer algo que julga louco , sem sentido algum, doentio, retardado e sem futuro.... mas que pode ser muito divertido?
É .. com certeza já tivemos vontades estranhas!
Não que eu esteja grávida, com vontades estranhas.... mas algo me levou a pensar oque leva as pessoas a terem essas vontades!

Adrenalina? As vezes... Mas oque leva uma pessoa a..por exemplo... trancar-se dentro de uma sala com aranhas, baratas, cobras, muriçocas e outras espécies não indentificadas para superar seus medos?
Acho que se eu me trancasse numa sala com RBD tocando no maximo todo dia, eu não iria superar meu medo!!! xD
Mas de qualquer forma...cada um com suas loucuras né?
Assim como aquelas pessoas que ontem e hoje estão indo enlouquecidos para ver pessoas estranhamente perturbadas dançar pelados no meio da rua!
Tá, o Brasil pode ser isso...mas podia haver algo mais, ....;....;.....; produtivo, para representar o Brasil mundo a fora!
Mas recapitulando, deve ser uma boa sensação, jogar-se de cima de montanhas preso por cordas... correr em alta velocidade até ultrapassar a noção de medo... Virar 3 Litros de álcool puro ou perfume para divertir os amigos...vestir-se de palhaço psicopata e entrar no armario do seu irmão mais novo....
Pode ser divertido....



E é disso que é feita a vida!!!!

:D

Agora, ainda acho que o mais divertido é assistir a isso....




Quem nunca teve esta vontade? >>>

The Cornflake Girl

A garota Cornflake em questão é Tori Amos, cantora, compositora, pianista e amiga do Neil Gaiman ("amiga do Neil Gaiman" consta como qualidade aí). Alguns dizem que foi ela a inspiração pra personagem Delirium, de Sandman, embora tenha gente que o negue com veemência.
O seu nome de verdade é Myra Ellen Amos, mas adotou o pseudônimo quando o namorado chinês de uma amiga sua, após vê-la cantando, disse que ela se parecia com uma "tori"; foi descobrir mais tarde que tori significa "galinha".

Agora, eu descobri esses dias que além da Delirium, Tori inspirou Razor, personagem de um game antigo chamado Maniac Mansion, isso quando cantava numa banda de ruim de heavy metal (Y Kant Tori Read), no começo de sua carreira, quando ninguém suspeitava do sucesso que atingiria.

Depois disso, Tori foi vítima de estupro, só conseguindo superar o trauma ao escrever "Me and a Gun", o que foi o início de uma série de incríveis álbuns que lhe garantiram fama e fortuna.
Uns anos mais tarde ela ficou meio parecida com a Rita Lee.

Terminando de falar sobre referências, o clipe de Sleeps With Butterflies foi inspirado pelo ilustrador japonês Aya Kato - quem lê xxxHolic vai achar pelo menos alguma coisa de familiar aí.
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Galeria Tori Amos, ilustrações de Ken Meyer Jr. (siga a seqüencia de imagens até Eddie Vedder aparecer na tela).

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

F.F.A.Q.*

-Por que o nome "Fim de Outono"?
Nas tradições pagãs, o ano se divide pelas estações: A primavera representa o nascimento da vida, o verão representa o apogeu; outono é a decadência e inverno é a morte.
O blog é um sucessor do Black Haru ("primavera negra"). Fim de outono é a fase final da decadência, precedendo a morte - o que acontecerá com quem não comentar - para depois nascer novamente, num ciclo interminável bem cansativo e belo. Por isso o nome.
Também colaborou o fato de todos os outros endereços legais já estarem ocupados.

*Future Frequently Asked Questions

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Os de rua....


BBC Brasil.com

" Um estudo realizado na Universidade de Aberdeen e de Napier, na Escócia, sugere que cachorros vira-latas são mais inteligentes do que os cães de raça com pedigree.

O estudo indica ainda que dos dez cachorros que apresentaram melhor desempenho nos testes, sete eram vira-latas.
"Ser um cachorro de raça pura não melhora a inteligência", diz David Smith, que liderou o estudo. "O risco de ter problemas médicos também diminui para os vira-latas", afirma.
De acordo com os cientistas, os vira-latas apresentam melhor noção de espaço e resolvem problemas com mais facilidade do que os cachorros com pedigree. "


É algo para se pensar... Se todos nós somos protegidos da alta sociedade, nos protegemos também da grande quantidade de informações que aprendemos com os tombos da vida?
Alguém que nasceu num berço de ouro e nunca caiu por excesso de proteção, e vive fechado numa bolha... vive a realidade ou vive a sua realidade, isolado do mundo que o cerca?
É bem poético... mas é oque é...
Esses bichinhos fofinhos *-* :D podem estar nos mostrando que esses caras que despresamos nas ruas podem ser, bem mais inteligente que nós.

Agora me dêem licença para que possa tomar meu chocolate quente.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Estréia




"Durante os três dias seguintes, excepto o tempo necessário para correr à sala subterrânea, escrever as cartas a toda pressa e enviá-las ao correio, a morte foi, mais do que a sombra, o próprio ar que o músico respirava. A sombra tem um grande defeito, perder-se-lhe o sítio, não se dá por ela assim que lhe falta uma fonte luminosa. A morte viajou sentada ao lado dele no táxi que o levou a casa, entrou quando ele entrou, contemplou com benevolência as loucas efusões do cão á chegada do amo, e depois, tal como faria uma pessoa convidada a passar ali uma temporada, instalou-se. Para quem não precisa de se mover, é fácil, tanto lhe dá estar sentado no chão como empoleirado na cimeira de um armário. O ensaio da orquestra tinha acabado tarde, daqui a pouco será noite."
Para quem não tem inspiração no primeiro post, passagens de livro e imagens resolvem! Sem contar que garotas no violocelo são fofas.
 
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