Minha sorte é ter o português como língua materna. 4000 verbos irregulares, ask Audrey (não esqueça de perguntar também por que ela estava aprendendo por um disco português se ia para o Brasil). Não apenas por ser uma língua difícil, minha gratidão é por poder me expressar em uma das línguas mais belas que existem - e poder arriscar um portunhol - sem toda a complexidade de idiomas orientais que precisam de tantos alfabetos com tantas interpretações and all that crap. Ainda assim, japonês continua sendo adorável. O que quero dizer, contudo, é como adoro poder simplesmente suspirar um "saudade" sem mais complicações.
Saudade, que é uma das palavras mais difíceis de traduzir do mundo. Também estão na lista:
- "Ilunga" (tshiluba) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.
- "Shlimazl" (ídiche) - uma pessoa cronicamente azarada.
Traduzível para o português como Letícia Cabral - "Radioukacz" (polonês) - pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência o domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro.
- "Naa" (japonês) - palavra usada apenas em uma região do país para enfatizar declarações ou concordar com alguém.
- "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda.
- "Gezellig" (holandês) - aconchegante.
- Saudade (português)
- "Selathirupavar" (tâmil, língua falada no sul da Índia) - palavra usada para definir um certo tipo de ausência não-autorizada frente a deveres.
- "Pochemuchka" (russo) - uma pessoa que faz perguntas demais.
- "Klloshar" (albanês) - perdedor.
Algumas apenas compreensíveis em um determinado período histórico, me lembram as doenças mentais que só existem em determinados povos. A "histeria do Ártico" como exemplo, é explicada por certa carência de vitaminas na dieta esquimó - há um tal transtorno no Japão onde a pessoa tem medo de que alguma parte de seu corpo esteja ofendendo alguém, mesmo que involuntariamente, explicável por se valorizar tanto a coletividade no país. Ainda melhor: o "susto" na Amazônia causa diversos transtornos por se acreditar que a alma do doente deixa o corpo com o susto, podendo levar à morte.
A parte infame é morrer de susto.
2 comentários:
Radioukacz: acabo de acrescentar uma palavra ao meu escasso vocabulário polonês =D
Uma pessoa cronicamente azarada: xD
Já te disse, mas não pude deixar de comparar ao "desdichado" espanhol, que traduz completamente o meu ser.
E eu tenho um bug de visitas em branco xD
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